segunda-feira, 26 de abril de 2010

Comunicação e suas metamorfoses


Mudam-se os meios, mudam-se os costumes, os valores, assim funciona a lógica da dinâmica cultural. Hoje, não se utiliza mais cartas manuscritas para fazer um convite, ou contar as novidades a um amigo distante. Essas e outras mudanças se deram proporcionalmente a tecnizaçao dos veículos de mensagens. Agora, as pessoas compartilham conteúdo, vendem e compram serviços mutuamente com o individuo da mesma cidade, ou de outro país.

Esta reciprocidade é característica dos novos meios sociais, espaços participativos que utilizam ferramentas da própria comunicação. A partir desses meios, surgiram às comunidades virtuais, local onde os grupos participam das discussões publicas, políticas, culturais. Os usuários exploram os recursos do ciberespaço, para exercer sua cidadania, que até então estava limitada aos períodos eleitorais, ou no cumprimento dos deveres com o estado.

Com toda essa personalização dos meios sociais interativos, os tradicionais já não contemplam as necessidades dos usuários contemporâneos. Os jornalistas do período que antecedeu a revolução dos blogs, por exemplo, possuem um perfil diferente dos profissionais pós “revolução”.

O que os une, ou os separa é o objetivo das suas produções, todos desejam expor seus conteúdos, e o mais interessante é que sempre tem alguém que vai ler ouvir.
Todas essas transformações seja nos meios técnicos, ou no comportamento, se deram em um “cosmos virtual”, na Blogosfera, que permite uma teia de conversação. Diferente dos meios sociais centralizados, a blogosfera possibilita aos usuários um maior alcance na busca de informações,seja entre pequenos ou grandes grupos.

Versões do jornalismo virtual e a interatividade


3.0 ou jornalismo participativo é recentemente a ultima versão do jornalismo virtual, mas se analisarmos a intensa movimentação e modernização dos meios de comunicação será fácil deduzir que esta não será a fase final. Inserido neste novo espaço, onde os meios de comunicação possibilitam a socialização de conteúdo, jornalista e leitor encontram-se “cada vez mais” próximos.

Estabelecer um grau comparativo entre as versões de jornalismo virtual, a meu ver, seria hierarquizá-los atribuindo valores em uma escala evolutiva. Nesta situação é necessário observar o contexto em que estão inseridos. O Jornalismo 1.0, por exemplo, era veiculado por meios tradicionais, que estavam dispostos naquele período. O jornalismo 2.0 dispõe de recursos ausentes na modalidade anterior, pois há ampliação das noticias e o leitor situa-se um pouco mais na sua realidade, ainda que não participe diretamente da produção do conteúdo.

Com o jornalismo Participativo, a realidade passou por profundas modificações, não apenas nos meios técnicos, mas principalmente na configuração do conteúdo. Tal ruptura com os meios tradicionais se deu a partir da criação de um novo espaço, onde o publico constrói sua opinião político-social, assumindo o papel de transformador.